O Conselho Curador do FGTS aprovou, nesta quarta-feira (26), uma mudança que promete destravar negociações no mercado imobiliário. A partir de agora, todos os contratos de financiamento poderão contar com recursos do fundo, desde que o imóvel custe até R$ 2,25 milhões.
A decisão corrige uma lacuna criada após o governo elevar, no mês passado, o teto do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) para R$ 2,5 milhões. Contratos firmados entre junho de 2021 e outubro de 2025 continuavam presos ao limite antigo de R$ 1,5 milhão, o que impedia o uso do FGTS em imóveis acima desse valor.
Com a revisão, o limite passa a ser único para todos os financiamentos, sem depender da data de assinatura do contrato. Segundo o Conselho, o impacto esperado no fundo será de 1%, mas a mudança atende principalmente famílias com renda acima de R$ 12 mil, mais afetadas pelo aumento dos preços em mercados aquecidos.
O setor imobiliário e instituições financeiras pressionavam por ajustes, alegando que o teto anterior já não correspondia à realidade dos valores praticados nas grandes cidades.
Mesmo com o novo limite, as regras gerais para uso do FGTS permanecem as mesmas: o trabalhador precisa ter três anos de contribuição, não possuir outro financiamento ativo, adquirir imóvel urbano para moradia própria e aguardar três anos para utilizar novamente o fundo em uma nova compra.
Fonte:jp