Mesmo que não seja campeão da F1 2025, Max Verstappen fez um bom retrospecto de seu ano – com muitos altos e baixos, mas marcado pela recuperação que o pôs em condições de sonhar com o título nas etapas finais. Mais recentemente, ele ainda teve uma atuação que valeu o terceiro lugar no GP de São Paulo. Mas, lembra com pesar de um momento: a batida com George Russell na Espanha.
– Aquela manobra em si, e todo o incidente, não foi boa. Mas isso se deve ao fato de eu me importar muito. Eu poderia ter pensado: “Este carro não está funcionando mesmo, vou deixar quieto”. Mas não consigo sair do carro sabendo que não dei tudo de mim. Fico com raiva de mim mesmo, não consigo dirigir a 80%. Por isso fiquei tão irritado em Barcelona; primeiro com o que aconteceu na relargada, e quando me mandaram devolver a posição – disse ele, em entrevista ao canal holandês “Viaplay”.
Max buscava a vitória no Circuito de Barcelona; ousou com uma estratégia de três paradas, mas acabou prejudicado pela quebra de Andrea Kimi Antonelli a 11 voltas da bandeirada. Pouco antes, o holandês tinha parado e colocou pneus macios para tentar atacar Oscar Piastri e Lando Norris, líder e vice-líder da prova na ocasião.
Após entrar novamente nos boxes junto com as duas McLarens, Max voltou à pista com pneus duros. Os jogos eram os únicos disponíveis, informação que a RBR passou ao piloto diante de seus questionamentos.
Em terceiro na relargada, Verstappen derrapou ao entrar na reta em alta velocidade e perdeu a posição para Charles Leclerc, da Ferrari. Ele teve um contato com o piloto de Mônaco e, na sequência, foi atacado por George Russell; o tetracampeão então passou por fora da curva para manter-se em quarto lugar.
A RBR pediu ao holandês que ele cedesse a posição a Russell, o que deixou o tetracampeão muito irritado. Ele então ensaiou abrir passagem para o rival, mas fechou a porta ao rival metros à frente e bateu na Mercedes do inglês.
A direção de prova considerou que Max não saiu da pista intencionalmente após a disputa inicial com Russell, então, não teria que devolver o quarto lugar. Porém, como o tetracampeão colidiu de propósito com o rival, foi punido com 10s no acréscimo do tempo de prova; ele ainda recebeu mais três pontos na superlicença e chegou a 11, ficando a um ponto de ser suspenso por uma corrida.
– Foi um erro da minha parte. Aprendi com ele. Esses momentos não vão se repetir mesmo que estejamos em uma situação semelhante com o carro. São pequenas coisas com as quais se aprende, mas, no geral, em termos de desempenho, a temporada foi absolutamente boa – avaliou o holandês.
Além do risco de suspensão que correu até o GP da Áustria, quando parte de seus pontos expiraram, Verstappen caiu de terceiro para décimo na corrida, perdendo pontos importantes para a disputa no campeonato.
Como faturou apenas um ponto na corrida, Verstappen manteve o terceiro lugar no campeonato porém, sua diferença para Norris, então vice-líder, aumentou de 22 pontos para 39. Para completar, a RBR caiu de terceiro para quarto no Mundial de construtores na ocasião.