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Sob pressão internacional, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atualizou nesta sexta-feira (2) os resultados da eleição da Venezuela e reafirmou o presidente Nicolás Maduro como vencedor, reeleito para um novo mandato de seis anos.
A apuração tinha sido interrompida no domingo (28). Os resultados, segundo o CNE —cujo presidente é aliado de Maduro— apontam:
Segundo o Conselho, 96,87% da apuração foi concluída, com 59,97% de participação.
Ainda nesta sexta-feira (2), a Suprema Corte venezuelana realizou uma sessão para auditoria do resultado das eleições, na qual convocou os 10 candidatos presidenciais –Maduro, González e mais oito– para comparecer ao tribunal nesta tarde.
A oposição diz ter contagens paralelas segundo as quais González foi o vencedor com 67% dos votos –contra 30% de Maduro– e exige a apresentação das atas eleitorais completas pelo CNE.
Com base nessas contagens, Estados Unidos, Argentina e Uruguai declararam que o candidato da oposição venceu Maduro.
A eleição de domingo na Venezuela “não atendeu aos padrões internacionais de integridade e não pode ser considerada democrática”, informou no início da semana o Centro Carter, que acompanhou com observadores o pleito.
Além disso, o órgão afirmou que a autoridade eleitoral “demonstrou claro viés” em favor do atual presidente Nicolás Maduro.
Edmundo González não compareceu à sessão na Suprema Corte nesta sexta.
Ele e Corina Machado, líderes da oposição– estão ameaçados de prisão, que foi sugerida por Maduro durante esta semana. Segundo comentaristas da GloboNews, havia uma chance de González ser preso no tribunal caso comparecesse.
Durante a sessão, oito dos nove candidatos presentes assinaram um documento dizendo que concordam com os resultados anunciados pelo CNE.
A assinatura é uma tentativa de Maduro de “dar um verniz legal às eleições”, segundo o comentarista da GloboNews Ariel Palácios.
Enrique Márquez não assinou o documento elaborado pela Suprema Corte e pediu que as atas eleitorais sejam publicadas pelo CNE de forma imediata.