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Sem conseguir avançar no diálogo com os evangélicos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indica mudanças em sua estratégia para mais uma vez tentar melhorar a relação com o segmento religioso, que é base eleitoral de seu antecessor Jair Bolsonaro (PL).
Segundo interlocutores do governo, o presidente quer demonstrar respeito aos evangélicos, mas não deixará de subir o tom contra lideranças religiosas consideradas “estridentes” e que têm uma relação simbiótica com Bolsonaro.
Na reunião ministerial de segunda-feira (18), Lula chegou a citar diretamente o pastor Silas Malafaia, líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo e financiador do ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista em 25 de fevereiro.
De acordo com relatos, Lula disse que “o Deus do Malafaia não é o mesmo que o nosso, mas eu sei que o Deus do evangélico é”.
A fala foi feita em direção ao advogado-geral da União, Jorge Messias, que frequenta a Igreja Batista e é um interlocutor do governo com o grupo religioso.
O presidente destacou ainda a necessidade de combater notícias falsas que circulam entre evangélicos e demonstrou resistência em fazer ato com religiosos.
O que Lula quer é tirar a discussão do campo religioso e de costume, enfatizando que o governo toma medidas voltadas para a vida do cidadão, independentemente da fé de cada um.
Fonte: CNN