Seções eleitorais podem não existir mais após calamidade, diz presidente do TRE-RS

Jornal da Notícia

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Em entrevista à CNN, a presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) disse que é preciso elencar os estragos causados pelas enchentes no estado, as quais devem ter reflexo na organização dos pleitos de outubro.

“A questão é a que nós precisamos, primeiro, contabilizar esses prejuízos. Tem uma situação que são as seções eleitorais, os locais onde o eleitor costuma comparecer para votar: pode acontecer que muitos desses locais nem existam mais por força da tragédia climática”, disse a desembargadora Vanderlei Teresinha Tremeia Kubiak.

Ela ainda apontou que cerca de metade das urnas eletrônicas mobilizadas no estado em ano de eleições podem ter sido danificadas pelas chuvas que vêm devastando o estado desde o início do mês, segundo a desembargadora.

Elas estão em um depósito na capital, Porto Alegre, que está inacessível devido a alagamentos. Nem mesmo o monitoramento remoto do local, por vídeo, é possível, já que não há energia elétrica no galpão, relatou a presidente à CNN.

No interior e em cidades-satélite da Grande Porto Alegre, 500 urnas eletrônicas em quatro zonas eleitorais já são dadas como perdidas, após alagamentos nos locais – em alguns, pela segunda vez só neste ano; agora, de forma mais avassaladora.

“A enxurrada foi de uma proporção muito maior e conseguiu atingir até locais e espaços onde jamais havia chegado”, disse Kubiak. Nem mesmo o trabalho de servidores para alocar as máquinas em lugares mais altos, “supostamente inacessível às águas”, adiantou.

 

Fonte: CNN

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