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Uma projeção do IBGE, feita com dados do último Censo, indica que a partir de 2042 a população brasileira vai começar a diminuir.
A fonoaudióloga Adriana Fernandes decidiu engravidar aos 40 anos – e outro filho não está nos planos.
De 2000 a 2023, a taxa de fecundidade do país, o número médio de filhos nascidos vivos por mulher, recuou de 2,32 para 1,57. Os dados fazem parte das projeções populacionais divulgadas nesta quinta-feira (22) pelo IBGE.
A pesquisa também mostra que as mulheres continuam tendo filhos cada vez mais tarde. A idade média, que era de 25,3 anos em 2000, passou para 27,7 anos em 2020. Essa é uma tendência que deve continuar. Segundo o IBGE, em 2070, a média de idade das mulheres brasileiras ao se tornarem mães deve chegar a 31,3 anos.
“Essa redução do número de filhos por mulher acontece, primeiro, nas regiões mais desenvolvidas do país. Então, começa lá em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, entre as mulheres mais escolarizadas, e isso vai aumentando, vai se espalhando entre outros grupos de renda e outros grupos de escolaridade também”, afirma Izabel Guimarães Marri, gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE.
Essas mudanças no planejamento das famílias têm um resultado: menos bebês nascem a cada ano. Em 2000, eram 3,6 milhões por ano. Caiu para 2,6 milhões em 2022. E, lá em 2070, deve chegar a 1,5 milhão de nascimentos. Números que vão mudar o retrato da população do país.
Os pesquisadores apontam que a população brasileira deve começar a diminuir em 2042, seis anos antes do que apontavam as projeções anteriores do IBGE. O número total de brasileiros deve atingir seu pico em 2041, com 220 milhões. A curva, então, começa a descer, chegando a cerca de 199 milhões em 2070.
Fonte: JN