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Conduzida pelo cientista Colin Raymond, do Laboratório de Propulsão a Jato da agência, a pesquisa mostra como o aumento constante da temperatura global, bem como as ondas de calor cada vez mais frequentes, podem tornar o ambiente extremamente prejudicial à saúde dos seres humanos. De acordo com a pesquisa, baseada em dados de satélites coletados ao longo dos últimos anos, o aumento descontrolado da temperatura e da umidade provocado pelo aquecimento global está tornando certas áreas do planeta inabitáveis, incluindo o Brasil.
O estudo utiliza o “bulbo úmido” como um indicador térmico, que combina a temperatura ambiente com a umidade relativa para simular a temperatura percebida na pele humana quando está molhada e exposta ao ar em movimento. Resultados mostraram que um “bulbo úmido” acima de 35ºC é extremamente perigoso, mesmo para pessoas saudáveis, e especialmente para aquelas com doenças crônicas ou problemas cardiovasculares.
Se nenhuma medida urgente for adotada, o Brasil pode atingir esse nível crítico até 2070. Outras regiões como o Golfo Pérsico, Mar Vermelho, partes da China e da Ásia também estão em risco, conforme aponta o estudo.
As mudanças climáticas preocupam os cientistas cada vez mais. No Brasil, entre os anos de 2023 e 2024, já foram registradas 12 ondas de calor e um quinto do ano passado (65 dias) registrou temperaturas extremas, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Apesar dos resultados pessimistas, a NASA afirma que segue em estudo constante, com uso de satélites, para entender cada vez mais como e onde o calor extremo mais afeta. Por meio desses dados, mais estudos e pesquisas podem ser realizadas sobre como reduzir os efeitos negativos das altas temperaturas.