Na ONU, Irã e Israel fazem alertas após ataque; Líbano diz que região está “queimando”

Jornal da Notícia

fumaca-e-vista-apos-ataque-aereo-em-beirute-no-libano-bombardeio-na-area-destruiu-sede-de-canal-de-tv-1727781235645_v2_4x3

Israel e Irã fizeram alertas durante reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (2), um dia após as forças iranianas terem lançado um ataque com mísseis contra o território israelense.

Enquanto isso, combates terrestres foram registrados no Líbano. O Exército israelense faz operações contra o Hezbollah na parte sul do país.

O embaixador libanês na ONU alertou que a região está “pegando fogo” e se movendo em direção a uma guerra regional aberta e irrestrita.

Irã precisa pagar um preço alto pelo ataque com mísseis contra Israel, segundo advertiu Danny Danon, embaixador israelense, durante reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (2).

Danon chamou a ofensiva de “ataque a sangue frio” contra civis e um “ato de agressão sem precedentes”.

“Essa foi uma tentativa deliberada de atingir o coração da nossa sociedade, tendo como alvo os locais mais sagrados de Israel”, comentou, abordando em seguida um ataque a tiros em Tel Aviv que deixou ao menos seis mortos.

“Essa é a realidade que enfrentamos a cada dia. Terror nas nossas fronteiras, mísseis acima de nossas cabeças, balas em nossas ruas”, disse.

“Estamos sob ataque. Essa não foi apenas uma escalada, mas um ataque direto contra nossa existência”, afirmou.

Após criticar o “silêncio” do mundo, o embaixador israelense alertou que o Irã deve pagar um preço alto pelo ataque.

O embaixador do Irã na ONU, Amir Saied Iravani, afirmou que o país está pronto para tomar mais “medidas defensivas” após o ataque com mísseis contra Israel.

“O Irã está totalmente preparado para tomar mais medidas defensivas, se necessário, para proteger seus interesses legítimos e defender sua integridade territorial e soberania contra quaisquer atos de agressão militar e uso ilegal de força”, disse Iravani.

O embaixador destacou que uma escalada maior no conflito pode ser evitada se Israel parar a guerra na Faixa de Gaza e os ataques ao Líbano.

Nuhad Mahmud, embaixador libanês na ONU, começou sua fala no Conselho de Segurança pontuando que o Oriente Médio está “queimando”.

Ao abordar as operações terrestres de israelenses no Líbano, ressaltou que o país “não está bem”, assim como a Faixa de Gaza, dizendo ainda que a incursão em território libanês não é “limitada”, como o Exército de Israel diz.

Mahmud afirmou que o impacto aos civis e à infraestrutura civil é grande e que Israel violou a Carta da ONU, leis internacionais, leis humanitárias internacionais e outros tratados.

“Israel reafirmou seu total desrespeito ao direito internacional, apesar dos apelos de todos os membros do Conselho de Segurança em geral”, destacou o embaixador.

Em outro momento, ponderou que “palavras e reclamações perderam o sentido”, observando que foram feitos alertas no Conselho de Segurança sobre o assunto anteriormente e que a situação não pode mais ser tolerada.

“O povo e o governo do Líbano rejeitam a guerra”, disse Mahmud, comentando que o governo libanês está disposto a posicionar o Exército do país na fronteira sul — Israel quer expulsar o Hezbollah desta região.

O embaixador também demonstrou apoio à proposta de cessar-fogo de EUA e França, alegando que Israel a “aniquilou”.

Por fim, ressaltou que as partes no conflito estão se movendo ainda mais em direção a uma guerra regional aberta e irrestrita e que é necessário “voltar” para soluções políticas.

Fonte: CNN

Compartilhe:

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
0%