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A Justiça negou nesta sexta-feira (30) o pedido de prisão temporária do vereador Paulo Eduardo Dias Junior, o Juninho Dias (PSD), de Americana (SP), investigado por tentativa de homicídio. O pedido havia sido feito pelo delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
De acordo com a Polícia Civil, Juninho Dias se envolveu em uma confusão na noite desta quinta-feira (29), quando disparou contra um homem de 43 anos.
Em nota, o vereador afirmou que está “à total disposição das autoridades para esclarecer os fatos, inclusive por meio de vídeos e testemunhas presenciais do ocorrido” e admitiu que fez disparos para o alto.
Um vídeo registrado por moradores mostra o momento da confusão. Nas imagens é possível ver que um grupo de pessoas parece trocar agressões na Rua dos Pinhais. Um estampido, semelhante a um disparo, também é ouvido.
Em nota, o vereador afirmou que “os disparos de advertência efetuados para o alto visavam, apenas e exclusivamente, fazer cessar a violência do agressor contra seu pai idoso”.
Por meio de sua assessoria, o parlamentar confirma que possui CAC e registro da arma de fogo.
A Câmara Municipal informou, por meio de nota, que acompanha o caso e aguarda o trabalho da polícia.
O que diz a vítima
O crime foi na região do Jardim da Mata. A vítima, que teve ferimentos na cabeça, disse à polícia que foi agredida pelo pai e pelo assessor do vereador após um desentendimento.
Juninho teria chegado ao local em um carro, do qual desceu armado e dando vários tiros. Depois, os três foram embora.
Apreensões na casa do vereador
Durante a madrugada desta sexta (30), investigadores foram até a casa do vereador, mas não o encontraram. Porém, localizaram e apreenderam duas pistolas 9mm, 43 munições íntegras e 29 estojos do mesmo calibre, além de cinco munições .38 e duas caixas de armas vazias.
Os policiais também identificaram anotações sobre transações financeiras em alto valor. Por isso, decidiram apreender um carro e uma moto de Juninho para uma investigação sobre crimes contra a ordem tributária e enriquecimento ilícito.
No imóvel também havia dois cigarros de maconha e uma coleira de choque que, segundo a polícia, seria usada para maus-tratos de cachorros.
Investigação
Além do crime de homicídio, o vereador também deve responder por associação criminosa, lesão corporal e peculato, que é quando o funcionário público se apropria de dinheiro ou qualquer bem público ou particular em razão do cargo que ocupa. Até a publicação desta reportagem, Juninho não tinha sido ouvido.
Fonte: G1