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O grupo terrorista Hamas deu uma nova orientação para os guardas encarregados dos reféns israelenses que o grupo mantém na Faixa de Gaza: matá-los caso o Exército de Israel chegue perto de um dos esconderijos.
“Dizemos a todos de forma clara que novas instruções foram emitidas aos combatentes encarregados de guardar os prisioneiros sobre como lidar com eles caso o exército de ocupação se aproxime do local onde estão sendo mantidos. A insistência de Netanyahu em libertar os prisioneiros por meio de pressão militar, em vez de firmar um acordo, significará o retorno deles a suas famílias em caixões, e suas famílias terão de escolher entre mortos ou vivos”, disse Abu Obaida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas.
Segundo o porta-voz do grupo terrorista, a nova instrução foi dada aos guardas após o resgate de quatro reféns israelenses em Nuseirat, na faixa central de Gaza, em junho. A operação de Israel foi acompanhada de bombardeios na região que geraram a morte de 270 palestinos. Um dos campos de refugiados da guerra em Gaza está em Nuseirat. Abu Obaida não entrou em detalhes específicos sobre as novas instruções aos guardas.
A divulgação da nova instrução ocorreu um dia após as Forças de Defesa de Israel (FDI) terem recuperado os corpos seis reféns israelenses em Rafah, no domingo (1º) e serviu para fazer pressão no governo israelense por um acordo de cessar-fogo na guerra. Segundo o Ministério da Saúde israelense, a autópsia dos corpos revelou que os seis morreram após terem sido baleados de uma curta distância entre 48 e 72 horas antes de serem encontrados.
Em seu comunicado, Abu Obaida também culpou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pela morte dos reféns e afirmou que o governo israelense “matou dezenas deles por meio de bombardeios aéreos diretos”.
A descoberta da morte dos reféns desencadeou uma onda de protestos por toda Israel e colocou pressão sobre Netanyahu. Há uma insatisfação popular com postura do governo diante das negociações por um cessar-fogo na guerra na Faixa de Gaza, que Israel trava contra o Hamas desde outubro de 2023.
Fonte: g1