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Uma força-tarefa formada pelas polícias Federal, Civil e Militar, e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público (MP), com apoio do Baep, deflagrou uma operação nesta segunda-feira (16) para prender uma quadrilha especializada em roubos a carros-fortes no estado de São Paulo.
Baep Apoio Operação do Gaeco na Região de Campinas
Ao todo, a operação busca cumprir 15 mandados de prisão temporária e 48 mandados de busca e apreensão em 17 cidades do estado.
As ações ocorrem no âmbito da segunda fase da operação “Carcará”, motivada pelo ataque a um carro-forte na Rodovia Cândido Portinari (SP-334), na região de Franca (SP), em setembro deste ano, e por uma troca de tiros, dois dias depois, que deixou o policial militar Márcio Ribeiro e três criminosos mortos na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), próximo a Altinópolis (SP).
Segundo a força-tarefa, os alvos desta segunda são aqueles que possuem relação direta ou indiretamente com a organização criminosa. Além das buscas e prisões, foram decretados bloqueio, sequestro e apreensão de bens, como ativos financeiros, imóveis, veículos e objetos de valor.
Os mandados são cumpridos em:
Ribeirão Preto
Franca
Serra Azul
São Paulo
Santo André
São Caetano do Sul
Taboão da Serra
Guarulhos
São José dos Campos
Jacareí
Mogi Mirim
Mogi Guaçu
Atibaia
Mongaguá
Cosmópolis
Santa Bárbara d’Oeste
Americana
Quem já estava preso?
Até então, só dois suspeitos estavam presos. Um deles é Roberto Marques Trovão Lafaeff, que foi preso em 10 de setembro, um dia após a tentativa de assalto ao veículo da empresa de valores protege e ele buscar atendimento médico em uma unidade de pronto atendimento (UPA) de Valinhos (SP).
Além dele, um outro suspeito foi preso em 24 de outubro, durante a primeira fase da operação “Carcará”, deflagrada em Paraisópolis, na capital, e na Praia Grande (SP). Dias antes, ainda dentro da mesma ação, um suspeito trocou tiros com a polícia e foi morto.
O nome da operação, “Carcará”, é uma homenagem ao sargento da PM Márcio Ribeiro. Era dessa forma que colegas o chamavam.
Ataque a carro-forte e perseguição
A tentativa de assalto a um carro-forte da Protege, especializada em logística de valores, ocorreu na noite de 9 de setembro, e chamou a atenção da polícia por conta do armamento utilizado pelos criminosos.
A ação teve a participação de pelo menos 16 criminosos, que abordaram o carro-forte em posse de uma carga intensa de explosivos e fuzis capazes de “rasgar vidros blindados”, de acordo com o delegado Gabriel Fernando.
A empresa não divulgou a quantia que o veículo transportava, mas informou que os suspeitos não conseguiram levar nada, uma vez que o dinheiro pegou fogo quando eles tentaram abrir o cofre.
Os suspeitos foram perseguidos em pelo menos três rodovias que cortam a região. Houve troca de tiros e cinco pessoas ficaram feridas: três funcionários da Protege, um policial do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) e um funcionário de uma usina a bordo de uma caminhonete que passava por uma estrada no mesmo momento que os criminosos.
Em 11 de setembro, uma troca de tiros durante uma perseguição deixou o policial militar Márcio Ribeiro e três criminosos mortos na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), próximo ao trevo que liga Cajuru (SP) a Altinópolis (SP). A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que havia indícios que ligavam os suspeitos ao ataque ao carro-forte.
Com os criminosos, foram apreendidos quatro fuzis, coletes balísticos e munição. Um dos fugitivos mortos usava roupa camuflada, colete à prova de balas e capacete.
No fim de setembro, morreu o caminhoneiro Lenilson da Silva Pereira, baleado na cabeça durante o confronto. Ele ficou internado na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE) por 20 dias.
Fonte: G1