EUA temem ataque nuclear conjunto de Rússia e China, diz The New York Times

Jornal da Notícia

AVENIDA RAPHAEL VITTA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou a revisão da estratégia de defesa nuclear do seu país considerando pela primeira vez o risco de um ataque coordenado da China, Rússia e Coreia do Norte com armas atômicas.

A informação é do jornal The New York Times. Segundo o diário disse nesta terça (20), Biden assinou o documento secreto em março. Uma versão editada da chamada Orientação de Emprego Nuclear será divulgada ao Congresso antes do fim do mandato do democrata, em janeiro.

O guia é atualizado de quatro em quatro anos, e é tão secreto que dele só há algumas cópias físicas, não eletrônicas. Recentemente, duas autoridades da área de segurança nacional indicaram que a revisão estava em curso.

Um deles, Vipin Narang, disse no começo do mês: “O presidente recentemente atualizou a orientação de emprego de armas nucleares para dar conta de múltiplos adversários armados nuclearmente”, disse, ressaltando a “variedade e o crescimento” do arsenal chinês.

Em junho, o diretor de não proliferação do Conselho de Segurança Nacional, Pranay Vaddi, afirmou que a revisão contempla “a necessidade de dissuadir a Rússia, a China e a Coreia do Norte simultaneamente”.

A preocupação não é nova, e emerge da realidade geopolítica desde que Donald Trump lançou a Guerra Fria 2.0 contra Pequim em 2017. O que começou como uma disputa comercial hoje redesenha o mapa do balanço de poder mundial, com blocos de países se formando em torno dos polos rivais na China e nos EUA.

O Pentágono já havia alertado anteriormente sobre a necessidade de prever uma guerra contra os maiores parceiros militares nessa contenda, Moscou e Pequim. Há alarmismo interessado também: o temor garante o maior dispêndio militar da história do pós-guerra, poupando por exemplo o criticado programa de novos mísseis intercontinentais americanos, os Sentinel.

 

Fonte: O Tempo

Compartilhe:

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
0%