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Após a aprovação da implantação de cotas trans, o novo reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Paulo Cesar Montagner, afirmou que tem “ciência da nossa decisão” e que universidade fará “de tudo para que isso possa ser um dia reconhecido como uma boa decisão”. A criação de cotas para pessoas trans, travestis e não-binárias foi aprovada no dia 1º de abril e tem sido alvo de polêmicas.
A Unicamp chegou a publicar duas notas oficiais repudiando “qualquer forma de intimidação, difamação ou violência contra sua comunidade acadêmica”, no dia 29 de março. Em um dos comunicados, a universidade informa que “foi alvo de ataques políticos que comprometeram a segurança de seus professores, estudantes e funcionários”.
Na primeira nota, a Unicamp repudiava “as tentativas de intimidação, difamação e desrespeito contra sua comunidade acadêmica por ocasião da Virada Transcultural, realizada nas dependências da instituição”. O evento aconteceu entre os dias 24 e 26 de março.
No segundo comunicado, a universidade afirma que o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) foi alvo de ataques políticos nos dias 24 e 27 de março. Os episódios envolveram a gravação de vídeos, interrupção de aulas e, segundo a universidade, agressão a membros da comunidade acadêmica.
O texto afirma que “os ataques ao IFCH não são um ato isolado e constituem um ataque a toda a Universidade”.
“A Unicamp, reconhecida por sua excelência acadêmica e por seu compromisso com a justiça social, defende a liberdade de pensamento, o respeito às diferenças e o debate plural. Tentativas de intimidação e ataques à sua integridade não serão tolerados, e medidas firmes estão sendo tomadas para garantir a proteção da comunidade universitária e de seus princípios democráticos”, diz o texto do comunicado.
Para Montagner, a implantação das cotas trans está alinhada ao princípio de diversidade e inclusão da universidade.
“Essa última polêmica, é verdade, ela aconteceu, mas nós temos nas nossas políticas de ações afirmativas um princípio de diversidade e inclusão. Então, equidade, diversidade e inclusão implicam muito em a gente olhar, todos os anos, todos os grupos sociais da Unicamp, do país, e fazer com que eles possam ter acolhimento” Afirma.
Fonte:g1