NOTÍCIA FM Ligou, virou Notícia!
No fim de junho, uma pesquisa Quaest mostrava uma disparada do apresentador de TV, José Luiz Datena, escolhido pelo PSDB, batendo 17% da intenção de voto e empatando com Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) àquela altura da corrida eleitoral. Depois, em julho, alcançaria 19%.
Os números, no entanto, não se sustentaram. Datena terminou a eleição com menos de 2% dos votos, no pior desempenho do partido em toda história do respectivo berço político, a cidade de São Paulo.
Ao longo da campanha, Datena deu vários sinais de falta de engajamento, como, por exemplo, o cancelamento e esvaziamento de agendas externas, a falta de diálogo com vereadores e declarações que não foram consideradas estimulantes pelos próprios tucanos.
O ex-apresentador da TV Bandeirantes ainda protagonizou a cena mais marcante desta eleição, quando deu uma cadeirada no adversário Pablo Marçal (PRTB), durante o debate da TV Gazeta. Ao longo dos encontros, preferiu criticar Marçal e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), e fez dobradinhas com Tabata Amaral (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL).
Antes de Datena, o pior desempenho do PSDB havia sido com Fabio Feldmann, na eleição de 1992. O tucano marcou 5,8% dos votos. A eleição de estreia do partido foi em 1988, meses depois da fundação do PSDB. José Serra marcou 6,89% naquele ano.
De lá pra cá, o partido elegeu três prefeitos. José Serra, em 2004; João Doria, em 2016; e Bruno Covas, em 2020.
O partido, que chegou a ter o maior número de cadeiras na Câmara Municipal, com doze vereadores, termina essa eleição também com fracasso na chapa de vereadores. Os oito nomes do partido que tinham o cargo, migraram de legenda para apoiar Ricardo Nunes (MDB).
Fonte: CNN