A CPMI do INSS encerrou as suas sessões do ano no Senado na última quinta-feira (4). Ao todo, foram realizadas 29 reuniões, nas quais foram ouvidas mais de 30 testemunhas ou envolvidos no esquema de fraudes de descontos ilegais em benefícios de aposentados e pensionistas.

Encerramento do Calendário 2025 da CPMI do INSS
A Comissão, presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), pediu a prisão de quatro convocados: Rubens Oliveira Costa, Carlos Roberto Ferreira Lopes, Abraão Lincoln Ferreira da Cruz e Jucimar Fonseca da Silva.
O objetivo agora é prorrogar a CPMI por mais 60 dias — a data prevista para o término é 28 de março. De acordo com Viana, o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), solicitou a coleta de assinaturas de parlamentares favoráveis para decidir sobre a prorrogação da comissão.
“Ele me pediu que, primeiramente, nós conseguíssemos todas as assinaturas, tanto na Câmara quanto no Senado. A partir das assinaturas, ele tomará uma decisão. Acredito que ele concederá, ele nos dará esse tempo”, declarou o presidente da CPMI.
Se a comissão for prorrogada, os trabalhos seguem nos meses de abril e maio.
Nova fase de depoimentos
Nesta semana, a CPMI do INSS aprovou a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que mantém 16,41% das ações da Zema Crédito, Financiamento e Investimento S.A. No entanto, um ofício foi enviado por Zema ao colegiado, no qual ele informou que não participa, desde 2018, da administração da empresa.
Após o fim do recesso parlamentar, em fevereiro, a CPMI entrará na fase em que vai ouvir representantes de bancos. O objetivo é investigar instituições financeiras por irregularidades em empréstimos consignados e supostas fraudes a aposentados.
“Tenho certeza de que nas primeiras semanas já do final de fevereiro, início de março, os bancos começarão a ter os seus representantes sendo chamados”, destacou Viana.
O senador ainda quer protocolar requerimentos de revisão, para chamar novamente os nomes que foram convocados e não compareceram à comissão.
“Existem diversos nomes que não vieram a essa comissão, sob habeas corpus. Estou conversando com cada um dos ministros, estamos entrando com os requerimentos de revisão. Se o Supremo nos der o direito de trazer novamente essas pessoas, elas serão ouvidas para que a gente encerre definitivamente essa fase”, informou.
Fonte: R7