Anitta apertou o passo rumo ao Carnaval 2026. A cantora lançou o “EP Ensaios da Anitta”, com seis faixas inéditas e uma lista generosa de participações, ao mesmo tempo em que confirmou a nova temporada de shows pré-carnavalescos pelo Brasil. A turnê passa por capitais e pelo interior de São Paulo entre janeiro e fevereiro, com o tema “Cosmos” como fio condutor. Figurino, conceito e discurso já estão alinhados para mais um verão de estrada, música e agenda cheia.
E a dualidade entre a persona pública e a vida fora dos palcos costuma aparecer sempre que o Carnaval entra em cena. Entre falas mais espiritualizadas nas redes (com sua nova “fase zen) e letras que não fazem rodeios, a cantora já ouviu de tudo. Em conversa com este colunista do Metrópoles, Anitta foi direta ao explicar como essas versões convivem sem conflito.
“Anitta e Larissa são parte da mesma pessoa. Isso quer dizer que, ao mesmo tempo que hoje sou uma pessoa mais espiritualizada, sigo sendo a mesma mulher que é mega protagonista da própria sexualidade e que leva isso pro palco e pras músicas. Sempre vou me permitir exercer todos esses elementos da minha identidade. O que importa é o equilíbrio (risos).”
O EP também marca o reencontro musical com Pabllo Vittar, parceria que volta ao radar depois de anos e de bastidores bastante comentados no passado. A nova colaboração reacendeu a curiosidade sobre como polêmicas antigas entre as duas. Mas, para Anitta, o foco segue no vínculo e no resultado final.
“Sou apaixonada pela Pabllo, né? Uma parceria que foi além do trabalho. E amei o resultado de ‘Fala Quem É’!”
Com tantos feats reunidos em um projeto de Carnaval, a dúvida é inevitável: quem sobe ao palco dos Ensaios? A cantora já deixou claro em outras temporadas que o show não funciona como desfile obrigatório de convidados. Ainda assim, desta vez, ela indica que o público pode criar alguma expectativa (com cautela).
“Pode ter certeza que todos os feats do EP serão convidados. São artistas que eu amo, a maioria deles já até participou dos Ensaios comigo. Mas isso sempre depende da agenda deles e outras variáveis, sabe? Acho que o público já entende como funciona.”
As parcerias com nomes ligados ao brega, piseiro e tecnomelody, como Viviane Batidão e Priscilla Senna, também puxam um debate antigo sobre visibilidade regional e espaço na indústria musical. Anitta garante que a escolha não passa por provocação, mas por afinidade.
“Essas reivindicações são super válidas. Eu me ligo muito em tudo que é genuinamente brasileiro e valorizo muito todos os ritmos. O piseiro, tecnomelody e o rock doido são gêneros que estão sempre na minha playlist. Eu amo e não é de hoje. Já que pensei nesse EP dos Ensaios como uma celebração da nossa cultura e da festa mais brasileira do mundo, por que não trazê-los pra roda?”
E quando o assunto é Carnaval, liberdade costuma ser a palavra mais repetida, e também a mais disputada. Por isso, a cantora reforça que a folia não precisa de manual complexo. Basta combinar diversão com responsabilidade.
“Espero que as pessoas se divirtam a sua maneira. Se pegando ou não, o que importa é ser feliz! Lembrando que “não é não”. Respeitem as mulheres, os outros. Se previnam, heim?! E arrasem!”