Jejum de títulos da Ferrari na F1 motivou acordo, revela Hamilton

Placar 88

Lewis-Hamilton
Escuderia italiana não é campeã há quase 17 anos, desde 2007. Heptacampeão apontou impacto de Schumacher em decisão de deixar a Mercedes, e continuará seu trabalho com diversidade na nova casa

A uma semana para o GP do Bahrein abrir a temporada 2024 da F1, que ainda nem começou, a expectativa para o campeonato do ano que vem segue crescendo. Isso porque em 2025, Lewis Hamilton será oficialmente um piloto Ferrari. O heptacampeão falou mais sobre o acordo nesta sexta-feira de pré-temporada no Circuito de Sakhir, no Bahrein, e revelou os motivos por trás de sua decisão.

– Todo piloto cresceu vendo Michael Schumacher em seu auge. Provavelmente todos nós sentamos em nossa garagem e vimos o piloto no cockpit vermelho, imaginando como seria estar cercado assim por vermelho. Você vai ao GP da Itália e vê o mar de fãs da Ferrari de vermelho e não tem como não ficar admirado. É uma equipe que não tem tido muito sucesso ultimamente, desde 2007, e eu vi isso como um grande desafio. E quando era criança, eu costumava jogar (videogame) como Michael naquele carro. Definitivamente, é um sonho e estou muito, muito animado – disse o britânico.

A Ferrari não vence um campeonato de construtores desde 2008, quando o brasileiro Felipe Massa foi vice-campeão para um jovem Hamilton, então titular da McLaren. O jejum do Mundial de pilotos é maior: desde 2007, ano em que o finlandês Kimi Raikkonen foi campeão com o time italiano.

O acordo com Hamilton foi firmado no fim de janeiro, aproveitando uma cláusula no contrato recém-renovado com a Mercedes, em agosto; a equipe alemã havia estendido o vínculo com o heptacampeão apenas até o fim de 2024, com a possibilidade de renovar para 2025 ou liberar o piloto.

A parceria rendeu desde 2013 oito títulos de construtores para a Mercedes e seis de pilotos para Hamilton, além de 82 vitórias. A última taça que equipe e heptacampeão ergueram juntos foi em 2021, ano em que o veterano de 39 anos acabou perdendo o Mundial para Max Verstappen mas contribuiu com o oitavo troféu de construtores do time.

– Assinamos o último contrato (com a Mercedes) no verão (em agosto de 2023) e naquela época eu via meu futuro na Mercedes. Mas surgiu uma oportunidade no ano novo e decidi aproveitá-la. Foi obviamente a decisão mais difícil que já tomei. Estou com a Mercedes há 26 anos, eles me apoiaram e tivemos uma jornada absolutamente incrível juntos. Fizemos história no esporte, e isso é algo de que me orgulho muito – detalhou Hamilton.

Em 2025, Hamilton terá 40 anos e deve permanecer com a Ferrari por pelo menos dois. Seu contrato lhe garante US$ 100 milhões (cerca de R$ 500 milhões) por temporada; parte do valor será destinado para a Mission 44. A instituição de Hamilton apoia jovens de origens minoritárias a adentrarem o mercado de trabalho no automobilismo – algo que ele também deseja construir na Ferrari.

– Desde 2020, fizemos grandes avanços para melhorar a diversidade dentro da equipe (Mercedes) e isso continuará depois de mim. Estamos à frente de todas as outras equipes nesse aspecto. A Ferrari tem muito trabalho a fazer, então já coloquei isso como prioridade ao falar com John (Elkann, CEO da Ferrari), e eles estão superanimados para começar a trabalhar nisso também – revelou.

Antes de se juntar a Charles Leclerc em Maranello, sede da Ferrari, Hamilton ainda correrá com a Mercedes em 2024 ao lado de George Russell.

A F1 retorna em 2 de março de 2024 com o GP do Bahrein, primeira de 24 etapas na maior temporada da história da categoria.

Fotos: GOOGLE

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