As contratações foram pensadas pelo São Paulo, também, de acordo com o esquema tático preferido de Dorival Júnior. Durante a vitoriosa campanha da Copa do Brasil do ano passado, o treinador optou pelo clássico 4-4-2, com dois atacantes mais centralizados.
A escalação preferida de Dorival neste período, com todos seus principais jogadores à disposição, era: Rafael, Rafinha, Arboleda, Beraldo e Caio Paulista; Pablo Maia, Alisson, Nestor e Rato; Lucas e Calleri.
– Estou vindo para o São Paulo com esse objetivo. Eu venho, como você mesmo disse, para um clube gigante e que de repente não vivencia o momento que merece. Mas que pode voltar a ser em questão de tempo, meses. Tudo vai depender do trabalho, dedicação, acreditarmos. Eu estou plenamente consciente do passo que estou dando. Terei um tempo de contrato que depois, no fim dele, vocês podem me fazer a mesma pergunta – disse, ao ser apresentado como técnico do São Paulo.
Campeão da Copa do Brasil, Dorival Júnior, então, passou a participar diretamente do planejamento para a Libertadores de 2024. Não apenas chegada de jogadores, mas dispensas, também. Méndez, Luan e Nathan, por exemplo, não devem ficar no São Paulo porque não fazem parte dos planos do treinador e, consequentemente, do clube.
Dorival Júnior também tem papel fundamental no bom relacionamento no dia a dia do CT da Barra Funda. Querido pelo elenco, o técnico é visto como um “paizão” no dia a dia agitado com a dura rotina de jogos e viagens, por ter boa relação com jogadores, mesmo que diante de cobranças por evolução.
Diante de todo esse cenário, o
São Paulo não vai medir esforços para ficar com Dorival Júnior caso a CBF de fato procure o treinador. Por outro lado, entende que a vontade do técnico pode falar mais alto: afinal, treinar a seleção brasileira sempre foi um dos objetivos dele.
– A CBF tem a capacidade de poder definir tudo isso. Temos que respeitar e torcer para o profissional que seja escolhido – disse Dorival, em abril do ano passado, enquanto a CBF também procurava por um técnico.
– O que for para acontecer, que aconteça. Nunca forcei situação, nunca fiz assim um esboço do que seria a um ano, dois anos. Nunca me preparei para uma situação, uns falam que planejamento é fundamental, eu nunca fiz isso, sempre tive a confiança que Deus me colocaria nos momentos corretos. Sempre foi assim, não vai ser diferente – comentou.