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Técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, José Roberto Guimarães relembrou uma desevença antiga com Bernardinho, técnico da seleção masculina.
Em entrevista ao “CNN Esportes S/A” no último domingo, Zé Roberto comentou o atrito, mas ressaltou o respeito e a admiração mútua entre os dois treinadores com maior número de medalhas em Olimpíadas.
– A gente jogou junto, a gente sempre teve um respeito muito grande pelo outro. Tivemos desavenças e tudo mais, faz parte da vida, mas a gente nunca deixou de se respeitar como pessoas e como profissionais. Acho que essa admiração é muito grande. Ele é um cara que é um padrão, é um ícone. Tem coisas como treinador excepcionais. Não sei se ele falou algo sobre mim, mas acredito que essa admiração é recíproca – disse Zé Roberto, que comanda a seleção feminina do Brasil desde 2003.
O atrito entre os treinadores surgiu depois das Olimpíadas de 2004.
Na época, Zé Roberto falou sobre a influência de “maridos-técnicos” em sua equipe.
Bernardinho, que estava no comando da seleção masculina, era marido da levantadora Fernanda Venturini, capitã do Brasil nos Jogos de Atenas.
Nas Olimpíadas de Paris, Zé Roberto comandou as brasileiras ao bronze e conquistou sua quinta medalha em Jogos Olímpicos.
Ele colou no recorde de Bernardinho de seis pódios olímpicos como treinador.
Zé tem três ouros, contra dois de Bernardinho.
– São dois apaixonados que vem da mesma escola, né? A gente vem da escola Bebeto de Freitas, cada um pensa da sua forma o vôlei, mas são dois técnicos que têm o vôlei na alma. O Bernardo sempre fez grandes trabalhos com time e com seleção, sempre teve grandes resultados – disse Zé Roberto.
A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) ainda não confirmou se os dois técnicos seguem no comando das seleções brasileiras rumo às Olimpíadas de Los Angeles 2028.
Zé Roberto ainda estuda seu futuro e afirmou que se fosse dirigente manteria Bernardinho à frente da equipe masculina.
– É um privilégio pro vôlei e para o esporte brasileiro ter o Bernardo como treinador. É muito difícil, as pessoas às vezes falam: “Mas quanto tempo vocês vão ficar?”. Eu não sei responder. Eu acho que se eu fosse dirigente e o Bernardo estivesse à frente da seleção masculina, eu gostaria que ele continuasse.