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A Justiça Federal de São Paulo arquivou uma investigação contra ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por suspeita de lavagem de dinheiro nas eleições municipais de 2012, quando foi eleito prefeito da capital.
O inquérito da Polícia Federal começou em 2015 a partir de um relatório de inteligência financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O objetivo era apurar suspeitas de lavagem de dinheiro em pagamentos feitos pela campanha de Haddad à Prefeitura de São Paulo à empresa Pólis Propaganda, dos publicitários João Santana e Mônica Moura, antigos marqueteiros do PT.
Na decisão de arquivamento do inquérito, o juiz Silvio Gemaque observou que o caso já se prolongava por muito tempo sem conclusão alguma e absoluta ausência de provas.
O relatório apontava que a Pólis recebeu 17 milhões de dólares — cerca de R$ 85 milhões, em valores atuais —vindos de Angola, na África, além de 24 transferências bancárias feitas por uma outra empresa dos marqueteiros e pela campanha de Haddad.
A delação de João Santana e Mônica Moura à Lava Jato, em 2017, trouxe novas informações sobre a atuação da empresa de propaganda na campanha eleitoral de 2012.
No entanto, na visão do MPF, os depoimentos dos delatores não foram suficientes para demonstrar as supostas irregularidades.
Em nota, os advogados de Haddad, Pierpaolo Bottini e Tiago Rocha, afirmaram que o arquivamento do inquérito faz justiça a Fernando Haddad. “Mais uma vez demonstrou-se a inexistência de quaisquer irregularidades na sua campanha eleitoral de 2012. Todos os fatos foram exaustivamente investigados e, para além dos relatos contraditórios e inconsistentes dos delatores, não há nada que indique uma mínima mácula na conduta do atual ministro da fazenda”, apontaram.